sábado, 28 de novembro de 2009

sensibilidade

Outro dia fui em dois eventos. Ambos dançantes. No primeiro, as pessoas dançavam mas não pertenciam ao grupo "Dança de Salão". No segundo, elas dançavam e frequentavam academias de dança e salão. A surpresa: as melhores danças foram com amigos da primeira festa; enquanto o normal seria que aqueles que estudam a técnica da dança, conduzissem melhor a prática.
É justamente nesta questão prática que eu queria entrar. A técnica é importante para não precisar aprender todas as etapas sozinho. Assim, estuda-se quem já dedicou algum tempo àquele tema, e, economiza-se tempo. Porém, se ater somente à técnica, prejudica muito a arte, que visa tanto a expressão de cada um. E cada um deve se ouvir. Não tem como alguém estudar a técnica que um indivíduo desenvolveu e buscar se expressar como ele. Cada pessoa tem sua essência. E é isso que se deve buscar, paralelamente ao estudo. Aprender a teoria e executá-la conforme aquilo que se é e se acredita.
No primeiro evento, as pessoas dançavam sem muita técnica, mas com muito sentimento, emoção, expressão de seu interior, e é isso que eu mais valorizo hoje. Aprender, tendo vontade, qualquer um aprende. Não que seja fácil, exige dedicação e esforço. Mas, se expressar, mostrar um pouquinho de si, buscar o outro na dança, buscar se adaptar, tentar passar um pouco do que se sente ao outro.... isso, sim, é difícil, porque é necessário trabalhar algo muito mais complexo do que o corpo, o coração.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

uma frase e um desenho

Se você tivesse que desenhar uma frase qualquer, que um colega escrevesse de acordo com o que bem entendesse, sem restrições, e a frase fosse: Adalberto era o cara.

O que você desenharia?


Bom, eu pensei nisso:

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

descobri

Por mais que os outros não te ouçam, é melhor se perguntar se vale a pena levantar a voz para lhes ensinar algo.

Nem sempre ajudar é a melhor ajuda.

Nem sempre falar é a melhor resposta.

E nem sempre retribuir põe um assunto em pratos limpos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Intervenção e Dança de Salão

O DCE (da UFSC) promoveu em Outubro de 2009 a Semana de Arte e Cultura. Acho muito importante este tipo de incentivo, além disso, faço parte do grupo de oficineiros do DCE, com a oficina de Dança de Salão, e assim, resolvi que não existiam desculpas para não fazer minha parte. Pensei em uma intervenção que pudesse também passar uma crítica. Então pensei em simular um baile de dança de salão onde os participantes teriam rótulos (cada um colaria nas costas um papel com uma característica). Existiriam rótulos bem aceitos pela sociedade e outros menos, de forma que aqueles que trazem simpatia estariam aptos para dançar e aqueles que trazem um certo repúdio, não. Tudo isso foi proposto aos alunos. Alguns participaram e foi graças à isso que a idéia pôde ser concretizada.



Rótulos como: estou de carro, sou malhado e me acho e faço aula de dança são alguns exemplos de rótulos que tornavam o indivíduo "interessante". Já, rótulos como: vim de ônibus, vale1convite e me ensina, por outro lado, faziam com que ninguém se sentisse atraído para dançar com aquela pessoa.






Pagar tudo para o acompanhante, muitas vezes o estimula a estar com você, por mais que a sua presença não seja tão apreciada por ele.



Pertencer a alguma academia de dança também pode lhe dar status.



Ter carro é uma vantagem bem conhecida, nos mais variados ambientes...



Quem não sabe dançar, não vai dançar...


Por fim, a idéia de tal intervenção foi criticar esses aspectos que aparecem em tantos lugares, e, a dança é só mais um deles. Além do que, a dança é tão transformadora daqueles que se apegam nela, tem uma forte capacidade de fazer as pessoas alegres, tem uma influência tão positiva... por isso que acredito que devamos pensar mais a esse respeito, tentando minimizar os aspectos que podem deixar as pessoas frustradas, tristes, desestimuladas e pensar em formas de ressaltar aqueles que trazem qualidade de vida para os envolvidos, e, consequentemente, para o mundo.







Nunca é tarde para rever conceitos. ;)