quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

sábado, 28 de novembro de 2009

sensibilidade

Outro dia fui em dois eventos. Ambos dançantes. No primeiro, as pessoas dançavam mas não pertenciam ao grupo "Dança de Salão". No segundo, elas dançavam e frequentavam academias de dança e salão. A surpresa: as melhores danças foram com amigos da primeira festa; enquanto o normal seria que aqueles que estudam a técnica da dança, conduzissem melhor a prática.
É justamente nesta questão prática que eu queria entrar. A técnica é importante para não precisar aprender todas as etapas sozinho. Assim, estuda-se quem já dedicou algum tempo àquele tema, e, economiza-se tempo. Porém, se ater somente à técnica, prejudica muito a arte, que visa tanto a expressão de cada um. E cada um deve se ouvir. Não tem como alguém estudar a técnica que um indivíduo desenvolveu e buscar se expressar como ele. Cada pessoa tem sua essência. E é isso que se deve buscar, paralelamente ao estudo. Aprender a teoria e executá-la conforme aquilo que se é e se acredita.
No primeiro evento, as pessoas dançavam sem muita técnica, mas com muito sentimento, emoção, expressão de seu interior, e é isso que eu mais valorizo hoje. Aprender, tendo vontade, qualquer um aprende. Não que seja fácil, exige dedicação e esforço. Mas, se expressar, mostrar um pouquinho de si, buscar o outro na dança, buscar se adaptar, tentar passar um pouco do que se sente ao outro.... isso, sim, é difícil, porque é necessário trabalhar algo muito mais complexo do que o corpo, o coração.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

uma frase e um desenho

Se você tivesse que desenhar uma frase qualquer, que um colega escrevesse de acordo com o que bem entendesse, sem restrições, e a frase fosse: Adalberto era o cara.

O que você desenharia?


Bom, eu pensei nisso:

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

descobri

Por mais que os outros não te ouçam, é melhor se perguntar se vale a pena levantar a voz para lhes ensinar algo.

Nem sempre ajudar é a melhor ajuda.

Nem sempre falar é a melhor resposta.

E nem sempre retribuir põe um assunto em pratos limpos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Intervenção e Dança de Salão

O DCE (da UFSC) promoveu em Outubro de 2009 a Semana de Arte e Cultura. Acho muito importante este tipo de incentivo, além disso, faço parte do grupo de oficineiros do DCE, com a oficina de Dança de Salão, e assim, resolvi que não existiam desculpas para não fazer minha parte. Pensei em uma intervenção que pudesse também passar uma crítica. Então pensei em simular um baile de dança de salão onde os participantes teriam rótulos (cada um colaria nas costas um papel com uma característica). Existiriam rótulos bem aceitos pela sociedade e outros menos, de forma que aqueles que trazem simpatia estariam aptos para dançar e aqueles que trazem um certo repúdio, não. Tudo isso foi proposto aos alunos. Alguns participaram e foi graças à isso que a idéia pôde ser concretizada.



Rótulos como: estou de carro, sou malhado e me acho e faço aula de dança são alguns exemplos de rótulos que tornavam o indivíduo "interessante". Já, rótulos como: vim de ônibus, vale1convite e me ensina, por outro lado, faziam com que ninguém se sentisse atraído para dançar com aquela pessoa.






Pagar tudo para o acompanhante, muitas vezes o estimula a estar com você, por mais que a sua presença não seja tão apreciada por ele.



Pertencer a alguma academia de dança também pode lhe dar status.



Ter carro é uma vantagem bem conhecida, nos mais variados ambientes...



Quem não sabe dançar, não vai dançar...


Por fim, a idéia de tal intervenção foi criticar esses aspectos que aparecem em tantos lugares, e, a dança é só mais um deles. Além do que, a dança é tão transformadora daqueles que se apegam nela, tem uma forte capacidade de fazer as pessoas alegres, tem uma influência tão positiva... por isso que acredito que devamos pensar mais a esse respeito, tentando minimizar os aspectos que podem deixar as pessoas frustradas, tristes, desestimuladas e pensar em formas de ressaltar aqueles que trazem qualidade de vida para os envolvidos, e, consequentemente, para o mundo.







Nunca é tarde para rever conceitos. ;)

domingo, 4 de outubro de 2009


sem condução e sem piloto automático...
antes, com caminho definido
agora, mudando de rota à cada nova placa na autoestrada
onde estou indo mesmo?

sábado, 3 de outubro de 2009


não é de um dia para o outro que anos serão convertidos em novas atitudes, sentimentos e expectativas.
parece que você sempre incomodou, de alguma forma, aqueles que estão perto.
também aqui, demora um pouco até adquirir tal independência quanto aos sentimentos.
o que se passa à sua volta, nem sempre tem a ver com você.
exercício.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

vai e traz um tempo bom

o tempo corria enquanto esperavam canções que poderiam lhe ser cantadas
o tempo corria enquanto fotografias que poderiam compor seu acervo de novos bons momentos, aguardavam
o tempo corria enquanto telefonemas de boas notícias quase tocavam
o tempo corria enquanto convites inesperados tentavam se aproximar para alegrar o dia
o tempo corria enquanto palavras desejavam contar novas histórias
o tempo corria enquanto gestos queriam lhe trazer sorrisos
o tempo corria enquanto corriam pensamentos ruins
o tempo corria enquanto ela tentava se convencer de que fora há muito tempo
o tempo corria enquanto ela tentava se convencer de que o tempo parou antes de chegar
o tempo corria enquanto ela tentava esquecer o que ouviu naquele tempo
o tempo corria enquanto feridas continuavam a abrir
o tempo corria enquanto ela chorava e chorava por tanto tempo
o tempo corria enquanto ela não sabia para onde correr
o tempo corria enquanto ela se sentia atropelada por ele
o tempo corria enquanto o tempo de coisas boas passava
o tempo corria enquanto, em outro tempo, ela ia junto, alegre, sem relógio
o tempo corria enquanto ela sentia raiva dele
o tempo corria enquanto ela se apegava a ele
e assim, todos estes meses, e ela só consegue observar que ficou estática e incapaz de interferir durante todo o tempo que correu.
minha pré-defesa do tcc é amanhã e eu não consigo desviar meus pensamentos do que eu não queria ter motivos para pensar.
nada saudável, acho.
na verdade, este tcc tem me salvado muitas vezes por me fazer concentrar apenas nisso e em mais nada.
todo mundo reclama tanto de tcc's...
o meu é tão bonzinho, me faz tão bem..
talvez por eu ter que deixar todo o resto e pensar só num mundo ideal para crianças
eu não quero mais que o mundo me influencie a pensar o que me deixa sem vontade de viver no mundo
pensei que talvez não fosse o pior
pensei em nunca mais pensar
acreditei em tudo isso quando me veio à cabeça

por que me machuca, então?

domingo, 27 de setembro de 2009

às vezes parece impossível, que a memória vai pra sempre fazer seu papel
por alguns minutos fico em paz, em todos os outros, mil vozes brigam para ver quem fala mais alto na minha cabeça
a razão toma voz diversas vezes, nem sempre com o mesmo sentido
o coração não desiste, mas não sabe mais pelo o que deve lutar
a presença às vezes acalma, sem presença as coisas mudam,botando à prova aquilo que eu julguei ter concluído
várias vezes fico bem, quando me sinto menos envolvida
acho que já faz tanto tempo que não sinto um sentir tranquilo que não sei mais como poderia ser e me pego de volta nos conflitos passados

achei que algumas coisas seriam deixadas para trás, mas não sei mais se consigo. Dói igual, como se estivesse acontecendo agora, ou se repetindo, ou nunca tivesse acabado.

não sei se já me acostumei em sentir algumas coisas com certas pessoas, como um vício; alguns ruins e outros bons. se assim for, esse é, definitivamente, um vício perigoso que eu tenho que largar; o ruim, é claro.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

mudando

sempre gostei de mudanças, porque penso em mudanças que melhorem, é claro.
há dois anos venho mudando bastante coisa, e agora parece que uma nova etapa chegou: término da faculdade, formatura, aulas de dança, morar sozinha.. todas coisas que quero que sejam boas. Cada uma; do seu jeito; acrescentando sentimentos, sensações, vivências, experiências, aprendizados positivos; que me façam mais feliz e que, assim, eu possa trazer outras coisas boas pro mundo.

aí estou, vida, esperando por ti para que continuemos a caminhar juntas: pra onde iremos?

^^

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

tudo foi sempre criado para que existisse culpa. uma culpa que não cabe a ninguém. pouco é excesso. naturalidade repreendida. vida assistida. erros imaginários. insegurança.

des - complica

incrível como complicar é fácil e descomplicar poucos se atrevem.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

havia coisas que ela sabia que seriam ruins.
todas elas, ela encontrou.
desejava que fosse mais um sonho conturbado e que quando acordasse, levasse algum tempo para esquecê-lo, mas não a vida.
não era.
ela fez força.
não era.
e agora? dormiria para esquecer ou viveria sem sonhar?
ainda não encontrou resposta.
enquanto isso, só dói.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

ora venta, ora para



faz tempo que o vento anda bagunçando meus papéis sentimentais
sinto isso, bagunça
sinto o contrário, bagunça e sinto o isso de novo
e bagunça e sinto o contrário de novo
e bagunça, e bagunça
quando achei ter perdido todos os papéis
volta o vento
bagunça
e traz de volta

por que venta tanto? e por que depois para? por que não é constante? por que não cessa?

ora venta, ora para, sem hora para ventar, sem parada para acostumar


aquecimento global?

Respirando...




mania de pensar demais
mania de falar demais
mania de fazer demais

resolvi respirar
pensar menos
falar menos
fazer menos

esperando, assim, encontrar uma respiração mais completa, que me renove, que me acalme, que me dê energias.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009



A forma mais fácil para representar meus pensamentos agora seria um grande ponto de interrogação.
Para muitas perguntas encontrei repetidas vezes o mesmo: não sei.
Pensando sobre o que dizem que não se deve pensar, águas passadas, percebo que esse mesmo "não sei" me acompanhou quase que diariamente. Por que não diariamente? Não sei.
Como uma boa libriana deveria ser parte de mim o tal "não sei". Mas, ao menos hoje, sei de muitas coisas. Portanto, me leva a concluir que não-seis estão mais presentes quando na verdade suas existências se alimentam de dúvidas muito maiores, raramente minhas.
Quando as dúvidas são minhas, trabalho para que sejam sanadas. Às vezes demanda tempo. Mas não há nada como resolver coisas pendentes e se sentir livre (como já comentei em outras postagens).
O problema maior é quando as dúvidas me aparecem em função de outros que as têm. Não posso resolver 100% de algo quando 50% me diz respeito e os outros 50% a outra pessoa, independente de quem seja. Vou acabar ficando, ao menos, 50% em dúvida já que não poderia prosseguir sem o consentimento dos outros 50. É bem desestimulante ter que depender dos outros, principalmente quando se trata de sentimentos.

Quando respondi acima que não sabia porque não-seis me acompanharam e não todos os dias, o disse por não ter essa resposta ainda hoje, e não a tenho por não depender de organizar meus pensamentos para isso. Esses não-seis apareceram por diversas vezes, em diversas ocasiões, mas não começaram por mim. Passavam a me pertencer só quando eu percebia que só faltavam os meus 50 para completar a dúvida. Do que adianta ter certeza de algo que uma pessoa sozinha não pode dar conta? E é assim que ainda me sinto hoje, sem entender o que me aparece, sem saber como interpretar as coisas, sem nem saber o que deveria sentir em tais situações. É nessas horas que gosto de depender só de mim mesma, porque sei que sempre vou cuidar dos meus pensamentos.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

diálogo



(imagem da Loja Parlenda: www.parlenda.com.br)

algo que soava como o zumbido de um mosquito impertinte começa a ganhar dimensões catastróficas à bomba nuclear, destruindo toda a população emocional de um ano.
erros acontecem com frequência, muitos involuntários, mas o pós-erro-não-intencional é o que define o futuro.
reconhecimento, humildade, desculpas e consideração fariam toda uma humanidade viver atrás do arco-íris, ao invés de invejar histórias infantis onde os personagens lá habitam, carregando sentimentos bons, os quais aqui ora cobiçamos, ora desprezamos.
você, o que faria?

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

não confio quando só te procuram quando estão bem.
não confio quando só te procuram quando estão mal.
não confio quando só te procuram para festa.
não confio quando que só te procuram para problemas.

não gosto quando só falam sério.
não gosto quando só falam brincando.
não gosto quando tentam constranger com algo que julgam saber mais do que os outros.
não gosto quando precisam afirmar constantemente alguma característica pessoal ou adquirida para que os outros nunca se esqueçam.

é importante passar coisas boas aos outros, mas ninguém está sempre bem. Procurar alguém só quando se está bem faz pensar: então se um dia eu estiver mal também não posso te procurar, certo? - geralmente, sim.
procurar alguém só quando aparecem problemas faz os outros se sentirem usados. Quando você está bem não precisa de mim. Quando está mal quer minha ajuda.
falar sério é muito necessário. Falar só sério pode ser um problema, mais para o sério do que para os outros (que conseguem se divertir).
brincar é uma das coisas mais importantes da vida. Estimula a criatividade, dá alegria, relaxa. Brincar sempre é não ter limites. Todas as pessoas têm seus limites. Se alguma não têm é porque acha que não merece ou ninguém ensinou a ela.
tudo o que existe hoje foi inventado um dia por alguém ou alguéns. Tudo o que existe hoje poderia ter sido diferente e, portanto, não é uma verdade absoluta. Então, por que você se acha tão bom por saber isso ou aquilo? A gente aprende mais ouvindo outros pontos de vista do que sempre achando que já sabe o suficiente para dar ouvidos aos demais.
dizem que a ansiedade é o mal do século. Eu acrescentaria a insegurança. A maioria das pessoas que têm grande necessidade de se mostrarem boas em qualquer que seja o quesito têm problemas em acreditar naquilo que dizem. Existem também outras que são arrogantes e acham que já sabem tudo e melhor que todos (como eu disse acima). Por fim, cada reafirmação (seja pelo primeiro motivo ou segundo) me põe dúvida quanto à validade de uma característica.


essas coisas me deixam triste.



Às vezes dá um desânimo.
Você quer resolver e é o único.
Você quer ajudar e é o único.
Você quer fazer os outros se sentirem bem e é o único.
Você quer mostrar às pessoas algo que possa lhes trazer coisas boas e é o unico.

Nossa.. às vezes me dá vontade de me reconcentrar só com as pessoas que sei que têm uma alma que brilha coisas boas e levam isso para o mundo e evitar o contato com outras que parece que sugam toda a nossa energia para algo que não é bom nem para elas mesmas.

às vezes esse mundo me cansa.

ou as pessoas.

vontade de vomitar mil palavras, mas são tantos tipos de coisas que me deixam insatisfeita hoje que é difícil começar.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Acho que já tem tanta gente que pensa em coisas ruins, tanta gente que deseja coisas ruins para os outros como se vivesse disso com carteira assinada, não quero ser mais uma pessoa a contribuir para a frustração do mundo. Ao menos não conscientemente. É normal às vezes alguém interpretar algo de outra forma e até se ofender sem que você tenha tido a intenção, mas, pretendo não ser mais uma a querer respeito mostrando o quanto eu sei a mais sobre isso que o outro não. Mesmo porque, provavelmente alguma coisa o outro sabe bem mais do que eu. Vai querer competir? Tenho cada vez menos gostado de competição, quer onde seja.
Comecei esse assunto por causa das aulas de dança de salão. Tenho pensado muito sobre isso; sentido mais ainda. Acho que a gente só começa a dançar quando descobre a nossa própria dança, o nosso próprio corpo, os nossos limites, o que mais gostamos de executar e como, que tipo de música mais gostamos, como gostamos de dançar a música, nós, nós, nós. Acredito que seja necessário primeiro descobrir sobre nós mesmos (para tudo, mas, aqui trato da dança) para descobrir a dança e o outro.
Não gosto de lidar como se as coisas fossem óbvias. O que é óbvio hoje é consenso e demorou muito para que fosse aprendido. Então, por que você acha que alguém que nunca teve contato com aquilo já deveria saber? Você também não sabia há um tempo atrás.
Faça assim! - cada um tem um corpo, você pode sugerir, mas ninguém vai fazer como você. Acho importante sempre estimular essa busca interna, essa percepção de si mesmo, do corpo, movimentos, conforto e sentimento. Porque não adianta nada fazer tudo o que julgam perfeito se você não se sente bem fazendo. É preciso que cada um busque a si mesmo, para tudo. Só essas pessoas são felizes. Que bom que a dança nos dá mais uma oportunidade.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009




Essa frase é bastante óbvia, mas então por que nem sempre a seguimos? Boa pergunta. Preguiça, medo, receio. Para toda ação temos que sair de nossa zona de conforto, e, como o próprio nome já sugere, é muito mais confortável não agir. Mas, não realizar aquilo que você idealiza vai sempre gerar frustração.
A dica do dia é: comece o que você tem que fazer.
Começar é sempre mais difícil. A gente tenta adiar o quanto pode. Tenta achar outras mil prioridades antes daquela. Mas não adianta, poucas nos farão feliz como a que não está sendo cumprida. Por isso, comece devagar, mas comece. Vá aos poucos se habituando com o tal motivo que você precisa. Comece a pensar nele de pouco em pouco, o trazendo para mais perto de você. Você precisa se familiarizar com ele. Ver que ele é necessário e que te trará benefícios. Assim é muito mais fácil. Quando a gente acredita em algo, e não faz só pela inércia, conselho dos vizinhos, tradição de família, porque viu na novela, porque é consenso, quando você acredita no que está fazendo, o resultado é muito melhor e satisfatório. Se você olhara para o que já realizou verá que os resultados positivos foram os que você pensou que conseguiria e que queria conseguir. Não conheço outra receita.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Que barco pegar?




algumas coisas quero manter. as que hoje me fazem feliz.
todas as outras que não me fazem bem, mas são necessárias, tentarei encontrar formas alternativas, até que eu esteja satisfeita.
mudança. desenvolvimento.
nem sempre sei onde chegarei, que destino terei com os barcos que tomo. Mas, uma coisa eu sei. Sei o que eu não quero. E o que eu não quero? Coisas ruins. Nenhuma delas. Não sou do tipo de pessoa que acredita que tenhamos que ficar sofrendo todos os dias de nossas vidas. Acho que isso é uma escolha. Escolher viver para os problemas ou tentar resolvê-los e depois se apegar às coisas que trazem alegria.
Eu escolhi isso pra mim: ser feliz. É esse o barco que eu peguei já há alguns anos atrás. Não quero descer. Quero continuar pelos percursos que ele me levar. Tem valido a pena. É esse o rumo que quero para as minhas coisas, TODAS elas.

domingo, 9 de agosto de 2009

terça-feira, 4 de agosto de 2009

quem dança seus males espanta



Dançar é entrar em outro estado de espírito. É esquecer o mundo aqui e viver um mundo lá, por alguns instantes, o quanto durar a música.

domingo, 2 de agosto de 2009

pontos

Vai e volta. Anda e para. Recomeça. Pula etapas. Retoma algumas.
Certo e errado se confundem ao ponto de se tornarem insignificantes e ninguém dar pela falta. Assim as pessoas se perdem. Você me perde.
Fôlego. Desculpas. Culpas. Só minhas
Confuso. Problemática. Emblemático. Problemático. Negação.
Angústia. Raiva. Nó na garganta. Nó no peito. Nó na cabeça. Dúvida. Feridas.
Mudança. Calmaria. Dúvida. Perguntas. Caladas. Medo. Desculpas
Quem é você? Você não sabe. Você não confia em você mesmo.
Eu: dúvidas.

sábado, 1 de agosto de 2009

Você, querido. Você enxerga dentro das pessoas; onde só anos de convivência deixariam transparecer. Mas você percebe em poucos minutos. Você, querido, que tem uma força incomum, modifica os lugares por onde passa.

Benjamin ouviu tudo atento e sem interromper. Ao final calçou suas botas desgastadas e caminhou em direção à porta. Sabia que era hora de partir. Precisavam dele, as pessoas vazias.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Me encontro na última fase do curso de Design de Produto do Instituto Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina (IF-SC e ex Cefet e ETF-SC) onde devo desenvolver meu TCC, o qual trata do desenvolvimento de uma linha de produtos infantis. Buscando referencial teórico que subsidie o projeto (jogos, brinquedos, crianças, emoção, educação..), encontrei um material bastante interessante que vou compartilhar; é do livro do Bruno Munari "Das coisas nascem coisas".

Bruno Munari, em seu livro “Das coisas nascem coisas” (1981, p.234), evidencia a importância de se planejar com cautela jogos e brinquedos para crianças, uma vez que na infância as lições vividas e aprendidas são memorizadas para sempre. Logo, deve-se aproveitar tal oportunidade para desenvolver produtos que estimulem a criatividade, porque é com base nela que o indivíduo buscará resolver os seus problemas.

A memorização de dados corretos, no momento adequado, ajuda a viver melhor, fornece as informações úteis no momento justo. Um indivíduo criativo é um indivíduo completo, que não tem a necessidade de estar sempre recorrendo a peritos para resolver seus problemas.

(MUNARI, 1981, p. 240)

Por mais que um produto não tenha caráter educativo, como jogos e brinquedos didáticos, Munari ressalta a responsabilidade do designer na hora de desenvolver seus projetos, pois o produto terá grande influência na vida das crianças, podendo essa ser positiva ou negativa. (1981, p.234)

Desenvolver produtos infantis mostra-se, portanto, um pouco mais complexo do que se assemelha, pelo fato de que não há como desprezar as possíveis conseqüências que o objeto pode trazer, requerendo mais atenção no desenvolvimento do produto quanto às conseqüências do seu uso e à experiência vivenciada por ele, além de cumprir com outros critérios, como: ser fácil de entender e usar, ser divertido (suas: forma, cores ou uso), não apresentar toxidade ou riscos para o usuário e permitir que os próprios adultos sejam capazes de entendê-lo (senão podem se sentir inferiorizados e desmerecer o produto, até mesmo afastando-o da criança). (MUNARI, 1981, p.)

Dessa forma, é relevante observar tais critérios e aplicá-los ao projeto, por mais que o futuro produto não tenha como maior objetivo educar a criança.


quarta-feira, 29 de julho de 2009

Coração-Curaçao

É claro que estive poucos dias por lá e não pude conhecer todos os cantos do local, mas tudo o que vi se confirmava nas palavras dos habitantes: aqui temos ajuda do governo, as escolas são boas - as crianças aprendem inglês, holandês, espanhol -, não se vê grandes luxos nem pobreza, e sim um equilíbrio, povo simpático e sempre pronto para ajudar.
É essa a impressão que ficou pra mim de Curaçao, nome digno de um lugar com bons sentimentos. Muito a ensinar a pessoas sem coração, é a querida ilha holandesa que me dava vontade de aprender mais e mais das coisas que sempre ouvimos falar mas raramente vemos em prática.
Tudo o que eu queria era um lugar organizado, de pessoas boas, bonito, com praias e boas condições para se viver. Quem sabe..

(L)

terça-feira, 28 de julho de 2009

Encerrando Ciclos

Encerrar ciclos não é simples. Às vezes nem percebemos que estão sendo encerrados ou que é hora de nós concluirmos uma fase. Esse texto de Fernando Pessoa é muito bom. Enjoy!


ENCERRANDO CICLOS (FERNANDO PESSOA)

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistimos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos - o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que se tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto, às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Deixe de ser quem era e se transforme em quem você É. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..

E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão

retomando

Depois de bastante tempo, mas não porque desisti, por esse tempo que, na verdade, não era bastante e sim pouco, agora em fim de férias, consegui retomar meu blog!
Adoro concluir coisas e não gosto de deixá-las inacabadas. Essas férias valeram mesmo para conseguir pôr tudo em dia, coisas da vida, necessárias. Não ache que só o trabalho tem coisas necessárias. Se você não dedicar um pouquinho do seu tempo a si mesmo, uma hora vai ver que desperdiçou muito tempo em outras coisas e que lhe faltou a preocupação consigo mesmo, o fazer "nada", descansar, pensar no que se gosta e manter, pensar no que não se gosta e deixar para trás. Sempre é ora.